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planejamento 2019

Gestão democrática e as metas do Desenvolvimento Institucional

Pró-reitor de Planejamento fala sobre projetos e expectativas anuais

Publicada em 18/02/2019 Atualizada há 12 meses

Marcos Antônio de Oliveira, Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

Marcos Antônio de Oliveira, professor do Campus Mossoró e atualmente pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Prodes) e substituto eventual do reitor Wyllys Tabosa, fala sobre expectativas, metas e diretrizes da Pró-Reitoria em entrevista concedida a Assessoria de Comunicação e Eventos (Asce), da Reitoria. 

Asce- Quais são as expectativas gerais para este ano?

Marcos Oliveira - A Prodes é o órgão do IFRN que se preocupa com o planejamento Macro institucional, portanto nós coordenamos o processo de planejamento tanto dos entes sistêmicos (Diretorias e Pró-Reitorias sistêmicas) como também, orientamos, coordenamos, acompanhamos e avaliamos todos os campi do Instituto. Além disso, passa necessariamente pela Prodes a questão do desenvolvimento institucional – nos preocupamos com a infraestrutura e planejamos demandas que devem ser consideradas prioritárias no âmbito de cada campus. Como por exemplo: a construção de novos campi, adequações, aquisição de equipamentos, gestão de recursos de emendas parlamentares, entre outros. Tudo isso passa necessariamente pelo nosso setor.

Asce- E qual é o planejamento do setor em relação às diretrizes e metas?

Marcos Oliveira - A nossa diretriz principal para realização do trabalho na Prodes e o que nos norteia é o PDI [Plano de Desenvolvimento Institucional]. Esse é um documento orientador que traz diretrizes para a atuação do instituto durante o período de cinco anos. No novo PDI, esse período será ampliado pela primeira vez para oito anos. Por enquanto estamos sob a égide do PDI 2014-2019, então o projeto é o norte que nós seguimos. Para que o PDI se concretize, nós o desdobramos nos planos de ação anual durante o seu período de execução. Sem falar do detalhamento de metas a serem atingidas nas onze áreas de atuação da instituição, fazendo do PDI nossa referência principal. Um dos fatores que pode favorecer a concretização desse grande Plano de Desenvolvimento Institucional é o orçamento da instituição, onde a prioridade absoluta na instituição os recursos da assistência estudantil, sendo portanto, o último recurso que pode sofrer alterações.

Asce- Como se dá a classificação dessas metas?

Marcos Oliveira - Nós classificamos as metas que estão colocadas no PDI em duas grandes categorias: a física e a financeira. Algumas metas para serem atingidas não precisam necessariamente de recursos financeiros, por exemplo, a realização da Expotec [Exposição Científica e Tecnológica]. Para que tal evento aconteça, a instituição utiliza recursos financeiros e econômicos, os recursos econômicos são: salas de aulas, auditórios, viaturas existentes na instituição e uma série de coisas. Então para realização de uma EXPOTEC, seriam convidados palestrantes de fora, precisando-se pagar diárias para eles – isso é financeiro. Mas nem tudo que a gente faz na instituição carece de recursos financeiros, essa é basicamente a diferente entre a meta física e a financeira. Então há muitas coisas que fazemos com o que nós já temos, não precisamos necessariamente de dinheiro para fazer pois temos uma estrutura pronta para isso.

Asce- Há previsão de ajuste orçamentário?

Marcos Oliveira - De 2014 a 2019, o orçamento de custeio da instituição se mantém inalterado. Nós não tivemos nenhum reajuste nesse orçamento (que é destinado a pagar os diversos contratos de prestação de serviços continuados), como acesso a banda larga, telefonia, pagamento dos contratos de limpeza e manutenção, direção veicular, entre outros... Estes dizem respeito ao funcionamento e se mantiveram inalterados de 2014 até 2019. Em 2018 fizemos um estudo dos tipos de contratos que temos aqui na instituição, para rever ajustes e conter gastos que poderiam ser suprimidos numa situação de restrição orçamentária. Acabamos por tomar uma série de medidas, como ajustes de contratos, que não comprometessem nosso objetivo principal: manter o ensino em todas as suas ofertas.

Asce- Qual é a meta de destaque do setor?

Marcos Oliveira - O nosso PDI. Ele começou a ser construído coletivamente ouvindo todos os campi e deverá ser apresentado ao Conselho Superior na reunião do dia 26 de abril. Nós destacamos essa meta como sendo a mais importante, por que ela orienta todo o fazer institucional de todos os campi e Pró-Reitorias, sendo o Norte da instituição.

Asce- Quais são os objetivos a longo prazo da Prodes?

Marcos Oliveira - Vamos analisar como objetivos a longo prazo aqueles que estão descritas no próprio PDI. Então, temos concretamente falando, o redimensionamento das ações de internacionalização da instituição. Coloco ainda a implantação da política de gestão de riscos, uma meta importantíssima para a instituição. Sendo assim, a partir de um estudo mais detalhado, aprofundado e integrado, vamos ter a capacidade preditiva de identificar qual é o nível de risco que tem em todas as nossas atividades. Outra questão importante que colocamos como desafio é a gestão para resultados: ‘como é que eu consigo fazer mais com menos?’. Trata-se de uma nova concepção que vai combinar com a eficiência de tudo que fazemos, referente ao nosso ensino em todos os níveis. 

Asce - Há outro aspecto que se considera pertinente ressaltar?

Marcos Oliveira - Eu gostaria de ressaltar um aspecto que acho muito caro na nossa instituição e diz respeito à gestão democrática. O IFRN participa de uma rede com 41 instituições, e o orçamento dessas instituições depende do número de estudantes que cada uma dessas possui, tanto estudantes presenciais como de educação à distância da rede federal. Dando um exemplo concreto, se o IFRN contribui com 5% de toda as matrículas da educação profissional técnica e tecnológica da rede federal, ele terá 5% dos recursos que são destinados a essa rede. Se o IFRN aumenta de 5 para 6% dos alunos, o orçamento é aplicado de forma correspondente. Nós também seguimos essa lógica internamente, então quanto mais alunos tem num campus, há a aplicação dessa regra de forma consensuada. A Pró-Reitoria de Planejamento apresenta todos os anos a metodologia para realização do planejamento. Depois dela ser apresentada, discutida e referendada pelo Colégio de Dirigentes, vamos aplicar essa metodologia para distribuição orçamentária, é assim que funciona em linhas gerais. Então é bom destacar essa questão de gestão democrática em todo o âmbito de atuação, inclusive na dimensão planejamento.

Palavras-chave:
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