Em 2003, um grupo traçava as primeiras concepções daquele que se tornaria um dos maiores programas de formação continuada do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Esse trabalho chamou atenção e acabou firmando parcerias com o Canadá e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnologia, do Ministério da Educação, que possibilitaram a criação, em 2005, de um projeto piloto. No ano seguinte, nascia o Mulheres Mil, programa de formação inicial e continuada com o objetivo de promover a inclusão social e econômica de mulheres em situação de vulnerabilidade, a fim de permitir a melhoria do seu potencial de mão de obra, bem como as suas vidas e de suas famílias.

A Pró-Reitoria de Extensão do IFRN, através da Assessoria de Programas e Convênios, está promovendo encontro de trabalho com os gestores locais do Programa Mulheres Mil. O encontro acontece anualmente e, em 2017, sua necessidade foi ainda maior devido ao número de coordenadores novatos no Programa, que se deu principalmente pelo remanejamento de servidores entre os campi do Instituto. O evento aconteceu nos dias 10 e 11 de outubro, na Reitoria do IFRN. 

A principal finalidade do encontro foi difundir a metodologia do programa, preservando sua identidade. Para isso, foi trazido o professor Sergio França, um dos fundadores do Mulheres Mil. A fala do professor contribuiu para que os presentes tomassem conhecimento de como surgiu o programa, além de promover uma injeção de ânimo nos coordenadores”, comentou Sandra Maria da Nóbrega, assessora de Programas e Convênios e gestora Institucional do Programa Mulheres Mil.

Sergio Luiz Alves de França, é professor aposentado do IFRN e participou da criação do Programa Mulheres Mil desde os primeiros trabalhos desenvolvidos. À época, Sergio atuava como Diretor Geral do CEFET. O professor pontuou sobre a importância de programas como o Mulheres Mil para o Instituto, lembrando que a compreensão do que o IFRN é de fato, ainda está em construção para a maioria dos que o compõem: “Tínhamos a institucionalidade e agora temos outra compreensão que é diferente do que o meio acadêmico sempre fez. Nessa perspectiva eu digo que o Instituto não tem endereço, ele está em todos os lugares, e é o responsável por difundir o seu saber e transformar os lugares por onde passa. Compreender esse novo modelo é complexo e nós estamos vivendo o início dessa compreensão tanto no Instituto, como no próprio Ministério da Educação”.

Atuação
O Programa Mulheres Mil tem atuado em 17 campi do IFRN, com uma turma de 30 alunos em cada unidade, exceto pelo Campus Parelhas onde há duas turmas, com 30 alunos em cada. Ultimamente o programa tem sido gerido com recursos próprios do Instituto uma vez que não houve repasses direcionados por parte da SETEC.

O professor Sérgio de França está compondo um grupo de trabalho no Ministério da Educação que visa a institucionalização do programa no âmbito da rede federal, tornando-o parte dos planos e do orçamento. O grupo trabalha até o mês de novembro para que as diretrizes sejam encaminhadas e essa institucionalização seja posta em prática. Hoje o programa não abrange toda a rede federal.