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PLANEJAMENTO 2019

O apoio e a importância dos programas estudantis na permanência dos alunos

Entrevista aborda o trabalho e os desafios da Diretoria de Gestão em Atividades Estudantis

Publicada em 20/02/2019 Atualizada há 12 meses

Odisseia Gaspareto é responsável pela Diretoria de Gestão de Atividades Estudantis (Digae)

Talvez você não conheça o trabalho da equipe da Diretoria de Gestão de Atividades Estudantil (Digae). Contudo, é por meio dela que os programas de assistência e permanência estudantil chegam a todos os estudantes do IFRN. Nessas ações, destacam-se os auxílios transporte, de alimentação e de apoio à formação estudantil que, juntos, englobam entre 75% a 78% de todo orçamento da Diretoria. Nessa entrevista, conversamos com Odisseia Carla Pires Gaspareto, que explicou as ações e atribuições da Digae, além das expectativas e os desafios para o ano de 2019.  

Asce - Como funciona a diretoria e quais as atribuições?

Odisseia Gaspareto - Nosso trabalho está diretamente ligado aos alunos, pois se trata de uma parte social da Instituição. Dentro de nossas ações, atendemos à legislação do Governo Federal, que nos regulamenta. Somos uma equipe formada por cinco pessoas, entre diretora, assistentes sociais, nutricionista e nossa secretária executiva. Trabalhamos, nesse sentido, com os programas, que são nossa base e correspondem entre 75 a 78% de nosso orçamento: o auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio de apoio à formação, auxílios eventuais, auxílio-moradia, entre outros. De outro lado, nós temos um eixo universal que vai englobar a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão. Nós damos suporte a essas ações, principalmente quando relacionadas ao Ensino. Nesse sentido, destaco as Bolsas de Educação de Jovens e Adultos, as de Tutoria de Aprendizagem e Laboratório, as visitas técnicas e aulas de campo. Na Extensão, em relação ao programa Mulheres Mil e aos eventos que nossos extensionistas participam. Ligado a isso, temos um orçamento para eventos, congressos, simpósios e demais categorias. Ademais, temos um recurso destinado aos jogos, como é o caso do Jogos dos Institutos Federais (JIFs), e às representações estudantis, que está relacionado às atividades políticas de nossos estudantes.

Asce - Muitos estudantes questionam sobre o auxílio-moradia. Como o IFRN tem tratado esse assunto?

Odisseia Gaspareto - Entre todos os IF´s do Brasil, apenas quatro trabalham no sentido de casa de apoio. Apesar de não trabalhamos dessa forma, nós possuímos uma política de moradia. A Resolução 36/2017, do Conselho Superior do IFRN trata exatamente desse auxílio-moradia. No IFRN, nossas assistentes sociais observam que o auxílio-moradia está muito próximo do auxílio-transporte. Isso acontece, principalmente, no interior do estado. Pois nosso aluno ganha muito mais em qualidade de vida se ele morar mais próximo da escola do que ele ficar em um efeito pêndulo. No edital, disponibilizamos. Porém, na realidade, apenas três campi optaram pelo auxílio moradia, pois está muito relacionado à demanda.

Asce - Em relação aos recursos destinados às ações do setor, como ficou o ano de 2019?

Odisseia Gaspareto - Nós conseguimos manter tudo do ano passado. Na verdade, houve um aumento em alimentação e transporte, que são nossa maior preocupação. O auxílio-transporte e de alimentação são muito importantes para que nosso aluno esteja presente em sala de aula, para que tenha um bom rendimento nos estudos. Dependendo da realidade de cada campus, teremos um dado diferente. Em comum, todos conseguiram atingir a meta do almoço. Em resumo, conseguimos atender uma boa demanda. Não é o ideal. Pois nosso planejamento é feito em cima dos 50% dos alunos da primeira faixa de prioridade. Nós, atualmente, conseguimos trabalhar com metade dos alunos dessa primeira faixa. Em média, 80% dos alunos do IFRN estão nessa primeira faixa. Por isso, é importante a triagem efetuada pelas nossas assistentes sociais. Nesse ano, conseguimos aumentar um pouco, o que é significativo. Em 2019, acredito que manteremos os programas da mesma forma do início do programa, em 2017.

Asce - Como são formadas as Coordenações de Atividade Estudantil em cada campus?

Odisseia Gaspareto - As Coaes/Diaes, variando a terminologia entre os campi, são formadas pelo coordenador, pela assistência social e pelo setor de saúde. Geralmente, temos duas assistentes sociais em cada campus. No setor de saúde, a depender de cada realidade, temos enfermeiro, médico e odontólogo, que forma a equipe básica. Além deles, temos o nutricionista e o psicólogo. É claro que existem diferenças. Por exemplo, em Lajes e Parelhas, por serem campi avançados, eles não possuem uma equipe formada. E nossas assistentes sociais, que formam nossa Diretoria, dão apoio aos dois campi. Eu brinco que cada campus é um mundo diferente.

Asce - Quais as expectativas e propostas para o ano de 2019?

Odisseia Gaspareto - Nosso foco está nos programas. Nossa intenção é atender o maior número de alunos possível, apoiando cada Campus em suas necessidades. Temos algumas ações na parte de nutrição, como o alimentação saudável. Vamos trabalhar, nesse ano, com a temática de saúde mental, como sugerido pelo professor Wyllys [reitor do IFRN]. Além disso, vamos realizar capacitações. Pois, em muitos casos, é difícil lidar com certas situações. Esses eventos, voltados para os profissionais, permitirão uma maior abertura em relação aos nossos alunos. Esses são nossos objetivos.   

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