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Jif's Nordeste

A vitória não está no pódio: ela se dispõe para a gente no meio do aprendizado

Jogos dos Institutos Federais comprovam dedicação de alunos e servidores ao esporte como ensino

Publicada em 26/07/2017 Atualizada há 12 meses

Professora Dalva Maciel, técnica do handebol, na entrega de medalhas e troféu

Por trás de cada uma das vitórias e derrotas divulgadas durante a série de matérias sobre os Jogos dos Institutos Federais (Jif’s) etapa Nordeste há pessoas; por trás de cada umas das medalhas há esforço, sacrifício e superação; sob cada troféu há empenho, dedicação e desprendimento. Os Jogos aconteceram de 18 a 23 de julho. Durante esses dias, muitas histórias foram vividas. No entanto, o mais importante está nas que não são ditas: no sangue e no suor dos esforços, nas lágrimas e nos sorrisos dos resultados. 

As emoções e experiências vividas em Fortaleza, sede dos Jif’s Nordeste 2017, deixam lição para cada um dos 207 integrantes da delegação do IFRN: o esporte é muito mais do que treino, pontos e conquistas: é saúde, paixão e aprendizados! Foi isso que pudemos notar nas expressões dos 16 professores de educação física, 2 profissionais da saúde, 3 da comunicação, 6 motoristas e, principalmente, nos 180 atletas que representaram o IFRN em Fortaleza.

Na reunião que antecedeu a viagem do grupo ao Ceará, os presentes ouviram que uma vitória se faz de degrau a degrau, numa subida sem arrodeio ou atalho; ouviu-se que aquela etapa Ceará era um degrau para viagem a Poços de Caldas, que sedia, em outubro, a final nacional. Esses eram os conselhos principais do professor Dario Maia, do Campus Natal-Central, que coordenou a delegação norte-rio-grandense aos JIFs. Os atletas-estudantes do IFRN ouviram ainda, da professora de Gizelda Maia, técnica do voleibol, que mais importante do que subir esse degrau é a caminhada que se faz em sua direção. Estimular e renovar a vontade de êxito aos que não alcançaram o mais alto lugar no pódio é a lição que fica: a superação deve ser tão partilhada quanto a evolução.

Tensão

Os pódios, que foram muitos, revelam menos sobre cada um dos professores e atletas do que os olhares e dicas compartilhados. O desprendimento de cada técnico, seu senso de responsabilidade e a dedicação às horas de treino e de disputa fazem a diferença quando é tempo de compartilhar conhecimentos e experiências. Sentimentos e vontades resumem-se em uma só ideia: avançar, evoluir. Os desprendimentos, como as noites mal dormidas, os vários dias longe da família acompanhando e orientando os atletas, as reuniões de planejamento e de estratégia refletem muito na atividade de cada um dos alunos dentro e fora das quadras, campos, piscinas, pistas e arenas.

Durante os JIFs Nordeste 2017, os olhares brilhantes dos estudantes do IFRN diante da grandiosa estrutura do Centro de Formação Olímpica do Nordeste, onde a eficiente equipe do Instituto Federal do Ceará realizou os jogos, contrastavam com expressões de anseio e dúvida de parte da delegação: os professores carregavam o peso da responsabilidade e da preocupação. A tensão, contudo, dissipou-se, pouco a pouco. Por fim, com o evento realizado e as expectativas para lá de superadas, os olhos brilhavam, refletindo a certeza do dever cumprido e a alegria do êxito.

“Os alunos são muito ocupados, são muito exigidos em termos acadêmicos. Arranjar um tempinho para treino, fazendo o possível e o impossível para disponibilizar espaço e tempo para equacionar uma série de adversidades, não é tarefa fácil. Aqui só há campeões.  É muito bom, muito agradável para quem trabalha com esporte sair de uma competição de nível como essa com tão bons resultados. É a coroação de todo um trabalho”, disse Fabio Romano, professor de Educação Física e técnico do Judô.

Aprendizado

Para os atletas, pequenos deuses e senhores desse Olimpo, a importância maior das medalhas é o que elas representam, sendo frutos do trabalho, como disse Paulo Victor, capitão da seleção de Vôlei do Instituto: “As vitórias representam muito tempo de treino, muita dedicação e muito empenho. Representam o resultado desse esforço e é um prêmio real por merecimento. Mas a vitória é muito mais do que a medalha. É a recompensa e o reconhecimento de tudo que a gente fez até aqui. Esse é meu último ano de competição e tudo sempre é válido, é aprendizado. Tem os atletas que, independente de competição e rivalidade se ajudam e sempre estão juntos, unidos. Os jogos são muito importantes para aprender a trabalhar em equipe e a conviver com os outros”, confessou.

Repetir e superar o feito de 2016, quando o IFRN também saiu campeão dos Jif’s regionais, em João Pessoa, é apenas mais um degrau dessa vitória. O instante agora é de pensar a viagem a Minas Gerais. É instante de revivenciar a intensa série de emoções que constituíram a etapa Nordeste da edição 2017 dos Jogos dos Institutos Federais e isso não é para corações fracos. Contudo, onde se valoriza educação, esforço e evolução, caso do IFRN, é o cotidiano.

Palavras-chave:
ensino

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