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PREMIAÇÃO

Projeto fica entre os melhores em uma das maiores feiras científicas do Brasil

Pesquisa trata do uso de tipo de argila para prevenir contaminação da água por pesticidas

Publicada em 24/03/2019 Atualizada há 1 ano

"Quando subimos ao palco, ainda estávamos em choque por tudo aquilo. Ficamos boquiabertos", revelou Ana Clara

A ficha ainda não caiu para Ana Clara Costa e David Viana, do 3º ano do curso técnico em Eletrônica. Eles voltaram neste domingo (24) de São Paulo/SP, onde conquistaram o 4º lugar da Categoria Engenharias na 17ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A Mostra é considerada a maior do Brasil para alunos não universitários no mundo científico. 

Além de terminar entre os melhores da Febrace, os estudantes receberam o credenciamento para a Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia (Fenecit), que será realizada no mês de setembro em Recife/PE. "Quando anunciaram o nome da gente, nossos colegas começaram a gritar. Naquele instante foi uma grande surpresa! Quando subimos ao palco [para receber o prêmio], ainda estávamos em choque por tudo aquilo. Ficamos boquiabertos", revelou Ana Clara.

A estudante avaliou ainda como positiva a participação da equipe no evento. "Foi uma experiência única participar de uma das maiores feiras do país, onde tivemos a oportunidade de mostrar a força da nossa equipe. Lá recebemos feedbacks e sugestões muito boas para aplicar ao projeto. Além disso, foi incrível poder conhecer lugares como a USP e novas pessoas", concluiu a jovem.

Na visão do professor Roberto Lima, orientador da pesquisa, participar de feiras científicas como a Febrace é muito positivo para os alunos e o Instituto. "No IFRN, a pesquisa é uma importante ferramenta que dá suporte ao ensino. A vinculação de nossos alunos à pesquisa fortalece o aprendizado de conteúdos, permite vivenciar a importância de um estudo interdisciplinar e também desenvolve os princípios da pesquisa científica, que é baseada naturalmente em cooperação e honestidade. No âmbito do Instituto, a participação em eventos alarga a cooperação entre pesquisados e instituições, bem como projeta a imagem institucional", comentou.

A convite da coordenação geral do evento, durante um dos dias de exposição, os alunos puderam visitar os laboratórios de inovação na USP. 

 
A pesquisa

O trabalho desenvolvido e premiado, que também conta com a participação do aluno Glauber França, trata de um tema atual e largamente divulgado na mídia: a problemática do uso indiscriminado de pesticidas. Nesse estudo, argilas do tipo vermiculita foram tratadas de formas diferentes e aplicadas para remoção desse tipo de contaminante de mananciais hídricos, que são fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que podem ser usadas para o abastecimento público.

"Pesticidas contaminam alimentos, solo e água. Um controle ineficiente sobre a utilização e armazenamento desse tipo de produto acaba permitindo a rápida contaminação devido à disseminação pela água. A utilização de argilas para remoção desse tipo de poluente de mananciais hídricos revelou-se uma forma eficiente e de baixo custo", explicou Lima.

Desenvolvida no Laboratório de Pesquisa em Recursos Naturais do Campus (Lapern), a pesquisa recebeu recursos de edital da Pró-Reitoria de Pesquisa do IFRN (Propi), também presente ao evento. 

 

Teve mais

A delegação do Campus reuniu mais dois trabalhos de alunos de Eletrônica. Emili Soares e Gabrielly Fonseca, sob orientação do professor Jair Fernandes, apresentaram o projeto "SCHD - Spin Coater Hard Disk". Por sua vez, Winni Avelino e Matheus Rivaldo expuseram trabalho sobre "As redes sociais como ferramenta de divulgação do Curso Superior de Tecnologia em Marketing do Campus", orientados pelos professores Daniella Lago e Bruno Lima.

  

A Febrace

Os projetos podem ser apresentados por estudantes matriculados nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio e Técnico de escolas públicas e particulares de todo o país. Cada grupo pode ser composto por até três alunos e um adulto orientador, além de se encaixar em uma das categorias avaliadas. 

Na mostra, que acontece anualmente na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), os trabalhos são avaliados por pesquisadores e especialistas de diversas áreas do conhecimento. Os autores dos melhores trabalhos ganham troféus, medalhas e certificados, além de prêmios concedidos pelos parceiros do evento.

Para saber mais sobre a Feira, clique aqui.