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Quanto eu tirei?

Professor do campus utiliza método onde os alunos atribuem as próprias notas

Publicada em 02/03/2017 Atualizada há 1 ano

Foto: Beto Leite

O que você faria se nas provas escolares pudesse dar sua própria nota? Tentaria colocar uns pontinhos a mais, ou seria justo avaliando erros e acertos para colocar sua nota? Foi pensando sobre como estimular seus alunos que o professor de Educação Física do IFRN Cidade Alta, Augusto Ribeiro desenvolveu uma nova dinâmica onde os estudantes atuam da correção das provas.

Primeiro o professor corrige as provas, apenas marcando os erros e acertos em outra folha. Em um outro momento, as provas são devolvidas e os estudantes identificam, discutem e corrigem os próprios erros. “Imagine a empolgação deles em poder melhorar sua pontuação enquanto aprendem mais sobre o assunto estudado”, diz entusiasmado o professor. 

Embora a dinâmica pareça uma possibilidade de melhorar as próprias notas, a proposta de Augusto buscar desenvolver a fixação do conteúdo além de estimular o posicionamento ético dos jovens. Questionado se eles têm sido justos ao dar as próprias notas Augusto afirma, “as notas atribuídas por eles não diferem muito das que eu sinalizo previamente nas minhas correções. Os nossos alunos tem uma compreensão ética que os leva a perceber os erros como um caminho para o acerto”, conclui.

Mas o que os alunos acham disso? Para Davidson Rommel, estudante do 2º ano do curso Técnico Integrado em Multimídia, a base do ensino tradicional gira em torno de uma nota. “Você não se preocupa em conhecer e gostar do assunto, se condiciona a só pensar em nota”, diz o aluno. Pra ele, o professor fez algo interessante. “É legal buscar formas de humanizar mais as avaliações e estimular o aluno a participar”, complementa.

Para Ana Luíza, também aluna de Multimídia, as pessoas assimilam o conteúdo de forma diferente, e o professor precisa estar aberto e atento a isso, se não "pode acabar invalidando o conhecimento do aluno”. Segundo ela, participar da correção ajuda o aluno a se expressar melhor, “ele sabe o que quis dizer, e na hora da correção, vai dizer o que quis falar ”.