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CINEMA

Professor de Arte compõe trilha sonora e faz “ponta” em filme pernambucano

Produção será lançada no Brasil neste sábado (16) em Recife

Publicada em 15/12/2017 Atualizada há 1 ano

Cena do filme rodada no interior de Pernambuco. Imagem cedida pela produção.

Um tocador de rabeca do interior de Pernambuco que se muda para a capital e que, para sobreviver, torna-se catador de lixo. Interpretado pelo violinista e professor de Arte do IFRN/CNAT, Roderick Fonseca, o personagem integra o elenco do filme “A Princesa do Beco e o Lampião Cromado”, que será lançado, oficialmente, no Brasil, neste sábado, às 19h, no tradicional Cinema São Luís, em Recife.

Além de fazer “uma ponta” no filme dirigido por Kurt Shaw e Rita de Cácia Oenning, idealizadores do projeto FavelaNews, Roderick Fonseca, criador e coordenador do programa “Encontro com o Artista”, no Campus Natal-Central, é autor da trilha sonora dessa produção cinematográfica, composta por músicas como “Caatinga”, “O Porco Mouro”, “Ziegel  Strasse” e “Calangotango”, que eram executadas pela extinta banda Café do Vento.

Segundo o violinista, um dos motivos da escolha das suas composições instrumentais, deve-se - além de remeterem a um universo sonoro nordestino - ao fato de se caracterizarem como músicas panorâmicas descritivas, inspiradas em sons, seres ou ambientes naturais (canto de pássaros, murmúrio do vento, gotejar da chuva, etc.).

O filme “A Princesa do Beco e o Lampião Cromado”, produzido em 2016, já foi exibido em diversos festivais de cinema nacionais e estrangeiros, tendo recebido o prêmio de Melhor Longa de 2017 nos Estados Unidos, concedido pela Subversive Cinema Society, em Los Angeles, na Califórnia.

SINOPSE:
A Princesa do Beco e o Lampião Cromado (Recife, ficção, 88 minutos)
O filme mostra a favela como nunca foi vista no cinema. Para Severina, uma menina de dez anos que mora num beco estreito na periferia de Recife, a favela é cenário de conto de fadas, onde príncipes e cavaleiros de reinos rivais lutam entre si, e onde o romance entre realezas do maracatu e do break pode surgir a qualquer momento.

Severina conta a história do seu herói, Okado, um jovem bailarino de breakdance, que acaba de ser convidado a interpretar um ganguista numa novela. Okado deseja apresentar um personagem honesto e, na sua inocência, vai entrevistando traficantes que conhece para achar inspiração para criar seu personagem. Nessas buscas, toca em um grande perigo: o verdadeiro mandante do tráfico, um policial corrupto, que não quer que ninguém investigue seus negócios.

Enquanto os dragões fecham o cerco ao redor do beco e as tensões crescem entre as favelas rivais, Severina só vê uma esperança para salvar seu herói e os moradores do seu beco: uma lendária rabeca mágica que leva pessoas a dançarem quando iniciam uma briga. Ela se empenha para conseguir a rabeca, embora esteja em posse do chefe do tráfico da favela rival.

FICHA TÉCNICA:
Diretores: Kurt Shaw (norte-americano) e Rita de Cácia Oenning da Silva (catarinense)
Produtora: Rita de Cácia Oenning da Silva
Empresas de Produção: Shine a Light, Usina da Imaginação, FavelaNews
Financiado por: The Bernard Van Leer Foundation
Diretor de Fotografia: Marcelo Lacerda
Cinematografia: Iane Mendes and Natália Corrêa
Som Direto: Lucas Caminha
Música: Roderick Fonseca e DJ Big
Elenco: Jenifer Cibele Araujo, Ellan Alves Barreto, Caroline Belut, Cidecley Ferreira, Vinícius Barros, Adriano da Silva, Walter da Matta, Denis Gomes, e Nicole da Silva

EXIBIÇÕES:
Cine Las Américas (Austin, TX, EUA): Maio 2017
Subversive Cinema Society (Los Angeles, CA, EUA. Melhor filme de 2017). Maio 2017
Revolution Me Film Festival (New York, 6 indicações, incluindo melhor filme, melhor direção, melhor ator; ganhador de iPitch Award). Julho 2017
ACA Low Films (São Paulo) (Semifinalista) Julho 2017
CineCipó (Belo Horizonte e Serra do Cipó. Filme de encerramento) Outubro 2017
Festival de Cine de Bogotá, Colombia, Outubro 2017
Almaty Indie Movie Festival, Cazaquistão (Melhores 7 filmes independentes de 2017) Outubro 2017
Visões Periféricas, Rio de Janeiro (Novembro 2017)

Palavras-chave:
ensino
extensao

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