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Setembro Amarelo

Jovens Tardes: A vida e o autoconhecimento na música de Plutão Já foi Planeta

Uma tarde descontraída sobre a valorização da vida, em alusão ao Setembro Amarelo

Publicada em 12/09/2017 Atualizada há 1 ano

A tarde desta terça-feira reservou aos estudantes do Campus Natal-Central um encontro intimista, regado à boa música e à reflexão sobre a vida, através de um bate-papo descontraído com a banda "Plutão já foi Planeta". Medos, desilusões, escolhas, dúvidas, sucesso, composições e inspirações nortearam as respostas e os questionamentos do encontro, que surgiu da iniciativa do GT de Psicologia da Diretoria de Ensino do CNAT.

Na pauta da campanha de combate ao suicídio, temática do Setembro Amarelo, os músicos relembraram o início da banda e as fases de altos e baixos da carreira e reforçaram a importância de nunca desistir, apesar das dificuldades. A partir dessa abordagem, a vocalista Nathália refletiu sobre a composição de um dos sucessos do grupo, que trata sobre a necessidade de autodescoberta diante da vida, especialmente na juventude:

 "Viagem perdida", por exemplo, é um convite para o autoconhecimento. No início da fase adulta, é preciso se autoconhecer, estar dentro de você e se descobrir. É uma fase muito difícil, pois é um período de vários conflitos".

Dentro dessa perspectiva, uma aluna revelou aos presentes que quando esteve em um momento difícil da vida, a música da banda foi um suporte que a fez se sentir melhor e ajudou na recuperação de uma depressão. A estudante questionou aos músicos como era saber que é possível ajudar as pessoas através do seu trabalho. Os artistas revelaram então sobre a felicidade que é perceber a possibilidade de ajudar o outro, com suas composições:

- É uma felicidade saber que estamos ajudando alguém. Na realidade, recebemos muitas mensagens como essa, de pessoas que estão vivenciando momentos difíceis e que se recuperam através de nossas músicas. Nos sentimos muito honrados e felizes também, disse Sapulha, um dos músicos da banda.

O encontro, que teve vários momentos sobre a trajetória da banda, teve um significado especial para os estudantes da Instituição que relembraram o tempo em que Vitória, integrante do grupo, foi aluna do IFRN. A ex-aluna fez questão de lembrar a importância da escola para sua vida: "Entrei aqui em 2010, para o curso de informática. Lembro bem de quando fomos recebidos aqui mesmo e não sabíamos bem como era o curso e o que estávamos exatamente fazendo aqui. Era tudo muito novo, me senti como se estivesse na Universidade, mesmo acabando de sair do Ensino Fundamental. A escola foi muito importante para eu me descobrir, para eu entender quem sou, as minhas escolhas e preferências."

Preferências e inspirações que, motivadas pela pergunta do servidor André Nobre, sobre quais nomes inspiraram a banda, vieram a público e explicaram o porquê de tanto sucesso. Nomes como Legião Urbana, Titãs, Luiz Gonzaga, Gonzaguinha além da poesia consagrada de Mário Quintana, Clarice Lispector e Vinícius de Morais fazem parte do repertório da banda que é, hoje também, referência para muitos jovens.

E assim, nesse encontro juvenil de muita leveza, a arte tomou conta do ambiente. Entre conversas e risadas que falam, pensamentos, perguntas, respostas, novos questionamentos e muita música.  De repente, não era preciso dizer mais nada, apenas celebrar a vida e a capacidade dela em se fazer mais forte para a busca de caminhos positivos.