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Feminismo

Evento sobre racismo e a luta das mulheres negras acontece no miniauditório

Encontro acontece nos dias 01 e 02 de agosto

Publicada em 01/08/2019 Atualizada há 1 ano

Nesta quinta-feira, 01/08, o miniauditorio do Campus Natal-Central sediou o "A Mulher Negra nos espaços de luta e resistência por direitos: histórias, memórias e desafios”. O evento é organizado pela professora do CNAT, Socorro Silva. A iniciativa, que reuniu o público presente para discutir os direitos e os espaços das mulheres negras, aconteceu como parte da celebração do “Julho das Pretas”.

O encontro teve a presença da diretora de ensino, Luzimar Barbalho, que aproveitou a abertura para ressaltar a importância da ocasião: “Acreditamos que precisa ser discutida a questão racial, que sempre foi negada. As mulheres foram se tornando invisíveis, especialmente as mulheres negras. Precisamos falar, sim, da negação dos direito. A temática é bastante atual, pois estamos numa época de negação de direitos, por isso não posso deixar de registrar a importância do NEGEDI”.

Durante o encontro, a coordenadora, professora Socorro Silva, agradeceu ao público presente e fez uma reflexão sobre as dificuldades que envolvem a temática: Muito obrigada ao apoio do Sinasefe, da diretora Luzimar Barbalho, na organização do evento. Infelizmente, muitos colegas não aceitam essa pauta como uma ação educativa e como prioridade”.

Após a abertura, que teve um momento para a declamação da poesia da aluna Amanda, houve a formação de uma mesa com as seguintes mulheres: a professora do IFRN, do Campus Apodi, Dra. Nádia; a professora Dra. Fátima Garcia, da UFRN do campus Caicó; a professora Dra. Suely de Souza, do Campus Natal-Central; a vereadora Divoneide Brasília; a assessora Lorena, representante da deputada federal Natália Bonavides; além da integrante do MST, Rosa Maria.

Durante o encontro, a vereadora Divoneide Brasília lembrou a importância de “exercitar a sororidade negra”: “A professora Socorro tem nos ensinado a ter paciência e ouvir o outro, a ouvir sobre a dor dos outros. É preciso falar sobre nossa estória, para dar sentido a nossa luta”. No debate, vários pontos foram trazidos ao público, entre os quais os direitos, as lutas femininas, o racismo, a cultura étnico-racial, entre outras questões.

O evento visa ressaltar a importância da participação das mulheres negras em diversas áreas de atuação na sociedade. Outro objetivo da iniciativa é resgatar a história, as conquistas e os desafios na luta antirracista e na defesa do feminismo negro.

 A atividade enfatiza a importância do dia 25 de julho, data em que se comemora o "Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e o Dia Nacional de Teresa de Benguela", celebrada através da programação no “Julho das Pretas”. A programação é aberta às comunidades escolar e externa.