O reitor do IFRN, professor Wyllys Abel Farkat Tabosa, abriu oficialmente, na tarde desta segunda (4), no auditório do IFRN/Campus Natal-Central, a II Jornada Ibero-Americana de Pesquisas em Políticas Educacionais e Experiências Interdisciplinares na Educação (Jorneduc), evento que conta com mais de 200 inscritos e representações de 23 estados brasileiros, além de Portugal, Espanha e França.

A cerimônia de abertura teve apresentação do Coral do IFRN/Apodi e, logo depois, a composição da mesa de autoridades, com a presença do diretor do CNAT, prof. José Arnóbio Araújo; do pró-reitor de Extensão do IFRN, Márcio Azevedo; do coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional (PPGEP), José Moisés Nunes da Silva; da vice-presidente do Instituto de Educação da Universidade do Minho, Leonor Maria Lima Torres; e do diretor-presidente do Grupo Nova Paideia (associação promotora da jornada), Luciano Dartora, do Instituto Federal de Brasília.

Nas palavras de boas-vindas aos visitantes, o reitor do IFRN, Wyllys Farkat, disse que esse é o 4º evento internacional realizado pelo IFRN dentro da parceria com a Universidade do Minho, de Portugal, num esforço para construir relações que conduzam à educação brasileira a outros patamares de políticas públicas. O prof. Arnóbio Araújo disse esperar que a jornada constitua um momento de resistência e um espaço de construção diante da realidade sombria na qual o país está vivendo no mundo político.

A convite da comissão organizadora, o Prof. Dr. José Augusto Palhares, do Minho, proferiu a conferência de abertura apresentando os resultados de um estudo, feito em 490 escolas do norte e centro de Portugal, no qual se identificou uma prática, presente em mais de 90% delas, que ele chamou de “retorno da ideologia meritocrática”, baseada em mecanismos de distinção acadêmica dos alunos, como a concessão de medalhas, menções honrosas, a elaboração de quadros de honra, entre outros.

Para o prof. Palhares, esse modelo de escola pública, que tende a premiar o desempenho individual, que promove o culto ao mérito, à performance e à excelência do aluno e que fabricam uma imagem mercadológica de escola, contrapõe-se ao preceito democrático de escola e educação atento às diferenças, à igualdade e à inclusão. Além disso, no seu entender, esses rituais de distinção primam muito mais pela dimensão cognitiva, pelos resultados do que pelo processo educativo e pelo desenvolvimento de outros aspectos da formação do aluno, como a dimensão política e cidadã.

Ao longo da Jorneduc, que acontece até amanhã (6), no auditório do IFRN/Natal Central, outras reflexões se somarão a que foi exposta pelo professor de Portugal, como a reforma do ensino médio, a educação inclusiva, a gestão escolar e a evasão.

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