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Visita

Campus recebe a visita de Lucas Gabriel, o pequeno futuro cientista

Sonho de Lucas é ser um cientista quando crescer e ele escolheu o laboratório de Química do nosso Campus para experimentar um pouco desse universo

Publicada em 02/05/2019 Atualizada há 1 ano

Lucas Gabriel participando de uma demonstração química realizada no laboratório. Foto: Lílian Dantas/ Edição: Jozamar Oliveira.

Um certo dia, Clotildes Alencar pensou em como fazer com que seu filho pudesse ter mais contato com o grande sonho dele: o de ser um cientista. Rapidamente, surgiu a ideia de trazê-lo ao nosso Campus. E assim fez.

No dia 29 de abril, recebemos o pequeno Lucas Gabriel, de 11 anos. Ele veio acompanhado de suas maiores incentivadoras: sua mãe Clotildes Alencar e sua avó Lourdes Maria. O professor Denilson Maia recepcionou os três no laboratório de Química, na companhia também da pedagoga Marcleia Queiroz. Eles percorreram a escola, a fim de conhecer as atividades científicas aqui desenvolvidas.

Gabriel entrou atento aos quatros cantos da sala do laboratório. Os líquidos coloridos, os tubos de ensaio, as pipetas, o béquer e as explicações do professor Denilson, pareciam ser a combinação perfeita para desencadear uma reação de encher os olhos do pequeno. Foram feitas algumas demonstrações químicas e o futuro cientista também participou ativamente, manipulando os objetos de vidro, entrelaçando com seus conhecimentos sobre o assunto e com o sorriso de satisfação em estar experimentando um pouco do seu sonho. 

Misturar xampus, sabonetes, condicionadores. Essa é a brincadeira preferida de Lucas. Sua mãe conta que ele é portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas que isso não o limita. Lucas Gabriel é muito inteligente e esperto. Desde muito cedo, o garoto demonstra um amor à profissão de cientista e, em casa, todos sempre apoiaram esse sonho. Na escola, a matéria de que mais gosta não é a de Ciências, mas sim a de História, pois é a disciplina na qual pode aprender onde cada bomba explodiu em guerra. “O Lucas diz que elas são usadas de uma forma negativa, e ele quer desenvolver e produzir bombas que sejam de uso positivo a sociedade”, explica sua mãe.

A decisão em ligar para cá e agendar uma visita ao nosso Campus foi, segundo Clotildes, por aqui conter um laboratório com bom suporte e desenvolvimento. “Ele sempre quis conhecer um laboratório de verdade, aí me veio na mente em vir para cá, pois o do Campus Mossoró é muito bem reconhecido”.

Para o professor Denilson Maia, esse tipo de ação é muito importante. “Essa abertura com essas pessoas que não são da instituição, mas que têm interesse em vir aqui visitar é essencial. Até porque é uma das motivações para que as futuras gerações se permitam vir estudar aqui. Nós como docentes realmente precisamos estar dispostos a abraçar essa iniciativa, principalmente nesses casos de quem tem algum tipo de necessidade especial, para que facilite a inclusão”.  A pedagoga Marcleia também reforça o valor da atitude de integrar a todos. “Para nós que fazemos o NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas), essa atividade contribui de forma positiva para o adolescente com autismo que busca apoio para superar suas dificuldades e consequentemente ser incluído no processo de ensino, vencendo seus desafios”.

A família decidiu pelo dia 29 de abril não por acaso. Não era só uma segunda normal, era o dia do aniversário do Lucas e a visita seria o presente. Mas, quem realmente ganha o grande presente somos nós da instituição e da sociedade geral, por sabermos que temos pequenos sonhadores, dispostos a contribuir e a desenvolver fórmulas para salvar vidas.

 

Por Greyce Veneranda