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NOVEMBRO NEGRO

Novembro negro: Um relato sobre a segunda edição do evento

Repleto de atrações artísticas e culturais, a segunda edição do novembro negro do Campus Ipanguaçu reflete sobre a diversidade na escola

Publicada em 02/12/2019 Atualizada há 1 ano

Cantora Laryssa Costa, durante segunda edição do Novembro Negro, Campus Ipanguaçu do IFRN

A segunda edição do Novembro Negro contou com várias participações externas, na terça (19) abrimos os trabalhos com um café coletivo, acompanhado em seguida de um ritual de pagelança, feita no CV com o público presente pelo page Guaracypagekatu, do Katu. A pagelança é uma dança circular xamânica, de origem indígena, que convida os presentes a entrar na roda para tocar e dançar.  O objetivo da apresentação e integração foi a demonstração à comunidade escolar de outros rituais étnicos de origem brasileira. 

Após a pagelança, Cristina Moreno e Diego Almeida apresentaram a dança Laroyê, que representa a abertura dos caminhos, em seguida todos foram ao canteiro, indicado pela gestão, para plantar um Baobá e um muda de jurema, representando a fertilidade e perenidade. Após o plantio, uma discussão sobre memória, identidade e resistência dos povos indígenas, representados pelo cacique Luis do Katu e pelas irmãs Luíza Mara e Luíza Helena de Picadas, representando o povo quilombola. Na mesa, o debate aconteceu em interação com o público presente, e o foco girou em torno da identidade e da luta de ambos os povos para serem reconhecidos pelo próprio povo brasileiro e pelo Estado, como portador de direitos específicos a sua existência. A tarde da terça foi recheada de momentos culturais, tivemos rodas de capoeira e samba de roda, e para finalizar o dia, a quinta edição do Sarau da Caatingueira, com a participação, entre outros, do coral Vale Vocalis, da rapaziada do rap de Assu e do pagé, que junto às mulheres e seus tambores, resultado da oficina de tambores, ministrada pela professora de música, Luciana Real, fez uma celebração à mãe terra.  

A quarta, dia 20, foi bem movimentada. Com o dia inteiro de debates, pitura em parede que compõe o Centro de Vivência do Campus,  e muita música. 

Pela manhã, o coletivo "Maria bonita", construído com moças do campus, abre os trabalhos com a exibição do filme "histórias cruzadas" com o objetivo de discutir sobre a mulher negra. O debate foi intenso, rico em depoimentos e reflexões sobre o racismo no Brasil e o sofrimento das mulheres denominadas "de cor".

Á tarde, momento de conversa com Pai Judson, de Assu, que atiçou  a curiosidade dos presentes e tirou muitas dúvidas acerca de sua religião, ajudando-nos a desmistificar e romper com os preconceitos sobre os rituais religiosos afro-indígenas brasileiros. Logo em seguida, tivemos nosso professor de sociologia, Valdemiro Filho (Miro), apresentando a sua pesquisa sobre terreiros, sambas e carnavais. Paralelo ao debate, Gilvam Lopes, artista plástico da região, abrilhantou o nosso CV com sua arte mural, com a ajuda de alunos e presentes. 

Para encerrar, à noite, tivemos o show de Laryssa Costa e banda que fechou com chave de ouro as discussões dos dias, com seu show "Rosas e rezas" e a participação de um público alegre e participante. 

Nosso objetivo com o evento foi refletir e viver um pouco de nossa diversidade, na escola. 

Agradecemos a todos e todas que colaboraram de alguma forma para a realização desse momento.

 

Equipe NUARTE e NEABI, Campus Ipanguaçu. 

Palavras-chave:
ensino
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