O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, instituído pela Lei Federal 12.519 de 2011, foi lembrado pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas – NEABI – do Campus Currais Novos com atividades que reuniram alunos, professores e membros da comunidade externa. A programação contou com apresentação cultural, rodas de conversa, oficina de turbante e visita à comunidade quilombola Negros do Riacho.

A abertura aconteceu no auditório do Campus com uma apresentação cultural promovida por alunos membros do núcleo, seguida de uma exposição de dados e estatísticas organizada por estudantes do 3º ano do curso Técnico Integrado em Manutenção e Suporte em Informática, fruto de pesquisas realizadas na disciplina de Filosofia. Após a exposição, o Professor Mestre em História Ruan Silva conduziu uma roda de conversa que levantou questões importantes e proporcionou um momento de diálogo e reflexão entre os participantes.

Na sala de Artes, a roda de conversa “Autoestima da mulher negra” trouxe uma discussão sobre identidade, transição capilar e uma oficina de turbante conduzida por Sol Saldanha, professora e militante do coletivo Enegrecer-RN. Durante a atividade, muitas alunas compartilharam suas experiências de transição, beleza, autoestima e aprenderam diferentes amarrações de turbante.

O encerramento das atividades aconteceu na comunidade Quilombola Negros do Riacho em uma visita organizada por professores, coordenação de extensão e alunos do 2º ano do curso Técnico Integrado em Alimentos do turno vespertino. Em parceira com o professor de Artes, Marcos Queiroz, coordenador do NUARTE, foram doados à comunidade livros e fotografias de um trabalho realizado na década de 70 pelo Professor Luiz Assunção (UFRN), em um momento de emoção e resgate da memória da comunidade.

Durante as atividades do Dia Nacional da Consciência Negra, os participantes puderam discutir a necessidade de reconhecer a importância dos negros para nossa história e identidade e refletir sobre a necessidade da luta pela garantia de direitos. “É uma data para homenagear os antepassados, fortalecer os símbolos de resistência, reforçar as lideranças atuais e refletir o quanto ainda estamos longe de uma valorização real e efetiva dos antepassados e dos contemporâneos” comenta o professor Ruan Silva.

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