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NEABI

Campus participa de reconhecimento de indígenas da Comunidade do Catu como ponto de memória

A ação foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas

Publicada em 24/08/2017 Atualizada há 1 ano

Na tarde do dia 7 de agosto de 2017, uma das ações do projeto "Museus indígenas no Catu dos Eleotérios e Sagi-Trabanda: sensibilização comunitária", desenvolvido pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do Campus Canguaretama, contou com as participações dos fotógrafos Raimundo Melo, representante da Rede de Pontos de Memória e Museus Comunitários no RN; Teotônio Roque, consultor da Fundação de Apoio ao IFRN (Funcern), numa roda de conversa, juntamente com integrantes do campus, lideranças e moradores da aldeia Catu.

Na ocasião, os convidados trouxeram esclarecimentos sobre a constituição de pontos de memória e sobre a organização de museus comunitários no Rio Grande do Norte, desejo expressado coletivamente pelos indígenas do Catu que já reconhecem seus bens culturais como significativos e organizam um roteiro turístico destinado a estudantes em geral, interessados em conhecer o cotidiano etnicamente diferenciado da comunidade. Ao receberem visitantes externos, a partir da Escola Indígena João Lino da Silva, oferecem trilhas nas matas da região, oficinas de pintura corporal, arco e flecha, língua Tupi, degustação de alimentos tradicionais como o beiju de mandioca mole, venda de artesanato e a apresentação do Toré, dança ritual indígena.

Durante os diálogos, a apresentação de experiência similar da criação de um ponto de memória e museu comunitário na comunidade quilombola dos Negros do Riacho, em Currais Novos/RN, serviu para suprimir dúvidas entre os indígenas sobre a organização do espaço físico e do futuro acervo do museu. Ambiente vivo, com o anseio de apresentar uma narrativa protagonizada pela comunidade do Catu, sem amarras que o vincule unicamente ao passado, mas que seja ilustrativo da sua realidade contemporânea, histórica e dinâmica. Narrativa que também não se deseja de modo restrito à comunidade e também possa ser acessada a partir da musealização do território feita pelos indígenas, considerando a relevância de seus bens culturais.

Além disso, lideranças, cozinheiras, professores, catadores de mangaba, artesãos e uma vereadora indígena, representaram de maneira diversa a comunidade, este grupo, reconhecendo o Catu como ponto de memória e se comprometendo em divulgar de maneira ampliada a proposta da criação do museu comunitário e a registrar em lista, juntamente com seus parentes, os bens culturais do Catu de interesse coletivo. Nesse sentido, com o apoio do Campus Canguaretama e da Funcern, esse processo resultará como desdobramento na organização do projeto para a materialização do museu comunitário.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa

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