Visando potencializar o aprendizado através do diálogo entre as disciplinas e a aplicação prática das teorias, aulas de campo foram organizadas com a participação de alunos e docentes do Campus Canguaretama durante o ano de 2017. Além de ser o encontro entre conhecimentos teóricos e práticos, essas atividades externas se apresentam como uma inovação que amplia os conceitos absorvidos em sala de aula e projeta novos horizontes de saberes profissionais e pessoais.

Nesse sentido, através de visitas a museus, centros de tecnologia, zoológico, comunidades indígenas e quilombolas, assentamentos, centros de turismo e negócios, os alunos têm a oportunidade de vivenciar a interdisciplinaridade, visto que podem relacionar várias disciplinas que estão sendo estudadas em determinado período. Como exemplo disso, a viagem a Recife, realizada pelos alunos do Curso Técnico Integrado em Eventos, envolveu as disciplinas de Artes, Língua Portuguesa, Manifestações Culturais, Geografia e Fundamentos da Hospitalidade.

Ampliando os horizontes: o convívio com diversas realidades 

Além disso, na Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc), na qual as atividades externas fazem parte do "Tempo Comunidade", metodologia específica do curso baseada na Pedagogia da Alternância, na qual faz parte do aprendizado o contato frequente com a realidade vivenciada pelas diversas comunidades",  os estudantes do curso desenvolveram atividades em oito comunidades da região, localizadas em Sibaúma, Piquiri, Nísia Floresta, Baía Formosa, Acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

Já no Curso Superior de Gestão do Turismo (Gestur), as atividades externas são parte do laboratório da graduação, pois fomenta o aprendizado prático nas mais variadas disciplinas, base de formação do profissional do Turismo. Assim, a turma do primeiro período foi à comunidade indígena do Sagi, localizada no município de Baía Formosa. 

A interdisciplinaridade além da sala de aula 

A conexão de variados assuntos também esteve presente na visita a Recife, desempenhada pelos alunos do segundo ano do Curso Técnico Integrado em Informática, na qual “havia tecnologia nos museus, cultura nas empresas e a parte tanto de computação quanto de sociologia, quanto de artes”, como destaca o professor Eberton Marinho, coordenador do curso. “Tudo isso misturado numa dança bem bonita, síncrona e organizada, ou seja, tudo isso tem a ver e a gente não tem como ver de forma isolada”, conclui.

Integração político-pedagógica e compreensão da pluralidade cultural 

Mediante a realização dessas atividades externas, o Diretor Acadêmico, Flávio Ferreira, enfatiza a importância dessas aulas, pois permitem analisar e “compreender criticamente como o acesso direto à heterogeneidade e à relevância das produções históricas, artísticas, culturais e ambientais em diferentes contextos e numa abordagem interdisciplinar contribui significativamente para a ampliação do conhecimento”. Dessa forma, diante da ampla participação de alunos e docentes do campus, têm-se as aulas de campo como um fruto da integração das propostas político-pedagógicas de cursos de diversas modalidades, tendo como princípio a interdisciplinaridade inerente a cada um deles. 

Visitas técnicas realizadas durante o ano de 2017: